Partindo de concursos de dança criado nos anos 90 em bailes de charme do Subúrbio do Rio de Janeiro, o grupo de dança feminino que tinha a idéia de transformar o smurf dance uma tendência com ousadia, determinação e, com o R&B entranhado no sangue e realmente dançarinas, surgiam no cenário black em 1992 com o nome de grupo AS DAMAS DO RAP.

                            Sete mulheres negras mandando mesmo na dança e que fazia a cabeça dos charmeiros.

                            Faltava algo. Somente inovar na dança onde grupos masculinos eram o Tops e ser mulher mandando muito não era o suficiente, assim sabiam que seriam só mais um grupo feminino dentro do cenário Vera Cruz, Portelão e Disco Voador.

                            Como todo ano acontecia disputas entre os melhores grupos de dança, a oportunidade surgiu de mostrar um trabalho também com uma letra do próprio grupo além da dança.

                            A letra SONHO REAL abre as portas para a cultura hip hop Brasileira através do contato tido com o rapper BIG RICHARD e o DJ TR.

                            Únicas minas rimando no baile charme e que poderia fazer parte de um projeto estimulado pelo CEAP. Por que não fazer parte da primeira coletânea de rap carioca?

                            A Coletânea Tiro Inicial leva AS DAMAS DO RAP para entrevistas, debates e críticas construtivas onde desmistificar a fronteira entre o hip hop e a mulher era preciso.

                            Influências marcantes da sua época Michael Jackson, Boyz II Men, Dr. Dre, Ice Cube, Run DMC, Bell Biv DeVoe, Snoop Doggy Dogg, Black Street, Kris Kross, Naughty By Nature, TLC, Fox Brown e Salt’n Pepa. Como inspirações Miss Elliot, Aalyah, Da Brat, Alicia Keys, e Mary J. Blige entre outras. Sons brasileiros para se entregar definitivamente ao hip hop foram Tahide & DJ Hum(SP), Vera Veronika(DF), Cambio Negro(DF), Dj Raffa (DF), Viela 17 (DF) ,Sharylaine (sp), Lady Rap (SP), Rúbia (SP), Lamartine/Fernando/Preto Zeze(NE), Rose Mc(SP), Racionais Mc’s (SP),Artigo 288(RJ) e Mv. Bill(RJ).

                   Em sua segunda formação (Cátia Prado , Andrea Stone e Edd Wheeler) conquistaram o programa do momento: FALA GAROTO com o tão consagrado Sergio Groisman, ainda no SBT e divulgaram o trabalho do Tiro Inicial pelo programa na MTV – YO!MTV RAP de verão no cartão postal do RJ: o Pão de Açúcar, local consagrado no Rio de Janeiro com a vista da Cidade Maravilhosa e tiveram sua trajetória do trabalho cultural e social mencionado no livro CIDADE PARTIDA do escritor ZUENIR VENTURA.

                Em sua terceira formação (Raquel Rosa, Patrícia Dias e Edd Wheeler) são convidadas a serem interpretes e autoras da letra que compõem uma faixa do filme “Como Ser Solteiro”, declarando a independência da mulher contra o machismo, com isto tornaram-se também as pioneiras como grupo feminino em trilha sonora para um filme brasileiro muito bem conceituado pela crítica e participaram de grandes eventos como SUPERDEMO- comandando por Elza Cohen e o CD RAP DAS TORCIDAS onde nomes de artistas consagrados: Pierre Aderne, Cidade Negra, Fausto Fawcett, Sandra de Sá entre outros mandavam o recado de que guerras entre Torcidas em Estádios não fazia parte do torcedor brasileiro.

           Como fênix a marca AS DAMAS DO RAP retorna o trabalho no século 21  reapresentando sua integrante Edd Wheeler  com a música & clip carro chefe do trabalho UM TAPINHA NÃO DOI – EM DEFESA A VIOLENCIA CONTRA MULHER.

A rapper carioca manterá letras contundentes, a perspectiva positiva, relatos do cotidiano, temas expressivos para a sociedade, a busca de conscientização através da música, a valorização das mulheres  e a pegada do Soul, resgatando a tendência da mistura com o Charme e o Hip Hop, bases dançantes e o estilo atual movimentando o cenário e a história no Hip Hop feminino brasileiro.